sexta-feira, 25 de abril de 2008

é VERO...

Mais um mês que se acaba e um mês a menos que possuo de vida, triste não?? Não mesmo...
"Ser ou não ser? Eis a questão..." - Homenagem a Shakespeare, afinal esse mês foi níver dele e também, porque é uma pergunta que me faço constantemente, quase que diariamente, contudo, não obtenho essa resposta, enquanto isso vou levando a vida, brincando de ser feliz, pintando meu nariz... Reflexão sobre o que aprendi neste mês: "Quando você pensa que é ruim o bastante, pense novamente, você pode se superar e ser pior ainda. Quando você acredita que a sociedade não pode piorar, pense novamente, ela pode e piora dia-a-dia, notemos pelo fatídico 'caso Isabella' (como gostam de denominá-lo), uma imprensa que explora mais e mais uma morte trágica esquecendo-se de que tantas outras e tantas mais trágicas acontecem habitualmente, entretanto, fora do foco dos holofotes, uma população que sai às ruas sentenciando os ainda não sentenciados, gastando o seu tempo livre, para ao invés de se educarem ou educarem a outros para que casos como este não mais aconteçam, não, gastam-no na porta da delegacia, urrando feito bestas por 'JUSTIÇA', ora, sejamos realistas basta uma nova fatalidade chegar e logo esta será esquecida. Quando você pensa que pode haver uma luz no fim do túnel dos desesperados, você acertou, há essa luz". É, até que Abril foi um mês bastante produtivo, mas esperemos por Maio e vejamos o que pode acontecer, até lá ;)
Vero - Maria Rita
(Natan Marques / Murilo Antunes)
O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
mas nem só beleza eu vi
Vi cidades degradadas
pessoas desamparadas
nas grades da solidão
Fogos nos campos nas matas
queima de arquivo nas praças
chovia nas ruas do meu coração
O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
mas nem só beleza eu vi
Vi cidades turbulentas
chacinas sanguinolentas
pensei que morava nas terras do mal
Choro dos filhos, maldades fora dos trilhos, cidades
pensei que sonhava
e era tudo real
O que se vê é vero
o teu sabor eu quero
e a tua beleza eu vi
Vi uma estrela luzindo
a minha porta bateu
querendo me namora
lua cheia clareava
imaginei que sonhava e era tudo real
Ninguém mais coça bicho de pé
nem ninguém caça mais arrasta pé
vida é assim é o que é

sábado, 5 de abril de 2008

Só sei que nada sei

Blog, tô meio sem saco pra ficar postando como antes, então, dificilmente postarei, mas nunca deixarei de postar... É impressionante como passam-se os anos e nada é mudado, a mentalidade humana continua pequena, extremamente pequena. Dia desses vi um vídeo na faculdade que mostra bem isso, esse vídeo mostrava uma imagem da Terra fotografada por um satélite a quilômetros de distância e assim pude notar o quão pequeno nosso planeta é diante da galáxia e, seguindo essa linha de raciocínio, notei o quão menores ainda somos, beiramos a insignificância diante de todo o Universo, contudo, continuamos matando uns aos outros e não bastasse isso continuamos matando nossa casa, nossa Terra, é tanta burrice que chega a dar-me pena de toda essa raça (incluindo a mim), mas enfim, eu sonho que em algum dia, em alguma época, deixaremos de ser tão pequenos e pensaremos mais coletivamente, chegaremos à conclusão de que sozinhos não faremos nada. "Abra os olhos".


Índios (Legião Urbana)

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.