sábado, 25 de outubro de 2008

Sei lá eu!

Prezado Blog,

Estava pensado no que iria postar, queria postar algo legal, uma música, um filme, enfim, ALGO, contudo, esse algo não veio à cabeça, então, vou 'apenas' escrever...
Pergunto-me o quanto vale a felicidade e chego à conclusão de que o meu atual salário não consegue comprá-la, mas sei que futuramente poderei chegar perto de trazê-la pra perto de mim... É estranho este meu pensamento, oposto ao ideal de que 'dinheiro não traz felicidade', talvez o criador de tal ideal não tenha nascido no atual momento, porque, se o dinheiro não traz, totalmente, a felicidade, com certeza ele ajuda a trazê-la, mesmo que de forma parcial, sem dinheiro não há uma vida de fato, quem irá por comida na minha mesa, ou melhor, quem me daria, primeiramente, uma mesa pra por aquela comida? Quem iria pagar o meu cinema, meus shows, a internet, os dvd's, os cd's, os livros e tudo e tal? Eu sei, NINGUÉM, então tentar me convencer de que estou no caminho errado, não me convence. É fácil, agora, dizer que estou no caminho errado, já que tenho 'papai e mamãe' na retaguarda, quando me faltar algo é simples, basta recorrer a eles e pronto, como num passe de mágica, ao menos, a mínima solução estará logo ali. Mas e lá na frente, quando, naturalmente, não tiver nem 'papai' e nem 'mamãe', quem irá me socorrer? Novamente eu sei, e novamente a resposta é NINGUÉM...
Viu só, o caminho pode parecer errôneo, quando na verdade, não é não, então, antes de pensar na felicidade momentânea, pense na felicidade duradoura, pense muito bem pois a bifurcação que nos leva um destes caminhos está bem próxima, e a decisão terá de ser tomada.
Atenciosamente,

B.P.L.

sábado, 18 de outubro de 2008

Sou



Hellooo, voltei, e vou falar de um camaradinha bem bacana, Marcelo Camelo, que infelizmente - já que torna mais difícil o retorno dos queridos 'Hermanos', ou felizmente - pois M. Camelo é igualmente bom "sozinho", acabou de lançar o seu primeiro cd solo, "SOU", um som que me agrada bastante, sinto falta do algo mais que o 'rock'n roll' do 'Los Hermanos' carregava consigo, contudo, as canções, com suas belíssimas letras, continuam belissimamente iguais, e para mim, que gosto e muito da velha e boa MPB, o 'novo' som de M. Camelo é interessantíssimo, talvez (ou com quase toda certeza), este álbum seja um álbum 'mais Camelo e menos Hermano', quase como quando Cazuza deixa o 'Barão' para se tornar mais ele mesmo, para cantar sua essência. Enfim, SOU é um álbum e tanto, abaixo vai um música com a qual simpatizei bastante, sendo que esta conta com a participação, da antes desconhecida para mim, Mallu Magalhães:

Janta - Marcelo Camelo

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
caberá ao nosso amor o eterno ou não dá
pode ser cruel a eternidade
eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
caberá ao nosso amor o que há de vir
pode ser a eternidade má
caminho em frente pra sentir saudade

Paper, clips and crayons on my bed
everybody thinks that I'm sad
I'll take ride in melodies
and bees and birds will hear my words
will be both us and you and them together
Cause I can forget about myself trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
and please my day
I'll let you stay with me if you surrender

domingo, 5 de outubro de 2008

Aos eleitos (por Fernanda Young)

Opá, olha eu aqui de novo, estava com saudades do meu canto, bem, em época de eleição (graças a Deus acabando) vou emprestar uma das tantas cartas da minha querida e inspiradora 'Fernanda Young' - quem me dera algum dia escrever como ela escreve, quem me dera me tornar um pouco do que essa mulher multi-uso é -, esta carta é destinada 'Aos Eleitos', e com certeza tem uma mensagem muito válida para esta nação:

"Exmos senhores e senhoras,Parabéns pelo resultado das urnas. Tenho certeza de que os exmos estão à altura dos seus exmos cargos.
Sabemos, porém, que nada no mundo muda de um dia para o outro. Assim sendo, infelizmente, os exmos ainda não terão sido os primeiros 100% honestos eleitos no nosso país. Por conseguinte, tenho uma proposta escusa a fazer.
Roubem 10% menos. Não é muito, não vai fazer falta para os exmos.
Roubando 90% do que os exmos estão pretendendo roubar, já vai dar para comprar quase tudo que os exmos desejam. E, daqui a quatro anos, todos seriam co-responsáveis por um fato inédito na história recente do Brasil: o país teria melhorado.
Além dessa conquista, com a sobra de 10% de dinheiro nos cofres públicos, talvez fosse possível construir mais 10% de escolas e hospitais. Ou aumentar em 10% a verba para a segurança. Ou diminuir em 10% os atuais índices de desemprego. Peço aos exmos que imaginem: nós, todos nós, podendo ligar a televisão e ver 10% menos notícias sobre escândalos na capital. Com a redução de 10% de CPIs, os congressistas ganharão 10% de tempo para aprovar as leis de que o país precisa. Com 10% menos explicações para dar, o governo terá 10% mais sossego para pensar em soluções para os nossos problemas.
Nunca estivemos tão perto de tamanha oportunidade - tudo isso depende apenas de um décimo de honestidade. Depois do "Fome Zero", teríamos o "Zero Vírgula Um Honesto".
Um pequeno passo para os exmos, um grande passo para toda a população. Logicamente, essa minha proposta não se aplica a aqueles exmos que não estão pretendendo roubar. Mas, como tal contingente não ultrapassará uma pequena minoria, as inúmeras vantagens continuariam praticamente inalteradas. Compreendo que exigir mais esse sacrifício dos exmos, depois de um processo eleitoral tão desgastante, pode parecer um pouco injusto e precipitado. Quero, entretanto, lembrar que tamanho ato de heroísmo jamais seria esquecido. Os exmos entrariam para a posteridade como aqueles que finalmente conseguiram tornar nosso país menos corrupto.
Termino, a título de estímulo, citando o grande Álvaro de Campos:"Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças".
Com seu linguajar desconcertante, o poeta (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) nos ensina que tudo na vida tem jeito. Peço, então, que considerem essa minha proposta com toda boa vontade e a devida seriedade.
É o desafio que deixo aos exmos, com todo o respeito que os exmos merecem."


Fica aí um pequeno puxão de orelha a todos...