A poesia PREVALECEU [2]

Dia 09/ABR, ou melhor, dia 10/ABR, já que o show começou à 01h20min da manhã, assisti novamente ao espetáculo chamado “O Teatro Mágico”, desta vez já conhecendo a maioria de suas músicas, e com certas coisas que me incomodaram, como, por exemplo, ter de esperar, após já ter ouvido três bandas de abertura, o ajuste ‘perfeito’ do som, o que, diga-se de passagem, já deveria ter sido feito bem antes.
Fora isto, o show correu na mais perfeita ‘normalidade’, com Fernando Anitelli e o restante de sua trupe entretendo-nos de forma espetacular, de uma maneira intimista que somente o TM tem de tratar o seu público. A cada música, um turbilhão de sensações e emoções tomava conta de mim.
Ouvir o ‘O Mérito e Monstro’, é praticamente o mesmo que ouvir minha biografia (o que, com certeza, não é uma exclusividade apenas minha), fazendo-me [re]pensar sobre o rumo que minha vida toma. Ouvir ‘Cidadão de Papelão’ com direito à citação de ‘Cara Estranho (do Los Hermanos)’ foi simplesmente ótimo. Assistir a uma multidão fazendo coreografia junto à música ‘Pena’ foi demais. Foi emocionante ao extremo, a ponto de encher meus olhos de água, ouvir ‘... (reticências)’, com Fernando bradando de forma intensa por “A POESIA PREVALECE”, fazendo-me clamar com uma força, se não maior que a dele, de igual intensidade.
Enfim, TM é um dos grandes achados deste século, os grandes poetas voltam a encontrar seus postos diante da sociedade, vejo em TM algo similar a Cazuza e Renato Russo, porém de uma maneira, logicamente, mais moderna, aglutinando, agora, não só música e poesia, e sim música, poesia, teatro, circo e tudo o que de bom possa existir, a POESIA, indubitavelmente, PREVALECEU.